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María Galindo desiste de candidatura à "Defensória del Pueblo da Bolívia" e manda políticos para a "merda"

Em meio à expectativa de sua provável candidatura à "Defensóra", María Galindo chegou às instalações da Assembleia Legislativa, porém, surpreendeu ao rasgar seus documentos porque não quer pedir o voto dos parlamentares. Chegou até a mandar "para merda" aos políticos responsáveis ​​pela eleição.

Galindo chegou às dependências da Assembleia Legislativa com seus documentos em mãos. Ela afirmou que atende aos (18) requisitos e ainda explicou suas principais propostas.

No entanto, disse que essas convocações são "podres" e que a eleição para a "Defensória" está negociada, pois diante dela Nadia Cruz se apresentou buscando ser eleita para o cargo de forma titular. "Isso cheira mal", disse a ativista.

Diante dos meios de comunicação, rasgou seus documentos em nome de quem se candidata a entidades como, Academia de Polícia, residência médica e cargos públicos, pois - em sua opinião - esses exames não são limpos.

“Em nome de toda essa merda, toda essa trapaça e todo esse cinismo, eu rasgo, rasgo minha candidatura, rasgo na frente de vocês, assim porque estou com raiva como muitos bolivianos”, disse ela.

Galindo colocou os pedaços de seus documentos em uma cesta e, mostrando-a, afirmou que a Assembleia é um “lixo”, assim como a política partidária e os funcionários escolhidos a dedo.

Ela esclareceu que se fosse uma eleição da população, aceitaria o cargo, mas não quer pedir aos parlamentares que considera preguiçosos, que só trabalham de terça a quinta, para votar.

Ela ressaltou que não respeita os membros da assembleia, exceto Toribia Lero, que é de origem indígena e representa a Comunidade Cidadã.

"30 anos lutando para ter meu currículo adulterado, não vou dar prazer, vá para o inferno, Comissão de Justiça, Constituição vá para o inferno", exclamou a ativista, referindo-se aos parlamentares responsáveis ​​pelo processo seletivo.

Ela também se dirigiu ao presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, e destacou que se trata de um jovem do Chapare, mas o descreveu como “preguiçoso”, “irresponsável” e um “corrupto de merda”.

Galindo então levou o pote de lixo com seus documentos rasgados até a porta do novo prédio da Assembleia e despejou o lixo.

Aos seus seguidores, Galindo disse que a luta continua e que ele não vai para casa. Aos funcionários ele disse: “Vocês acham que vou deixá-los em paz? Nadia Cruz se eles escolherem você, "crees que no voy a ir a sacarte la remierda? Eu vou", acrescentou.

Ela anunciou que continuará na luta por uma Bolívia onde as mulheres não possam ser estupradas ou mortas.

“Os problemas da nossa sociedade são estruturais, devemos sacudir a árvore do poder por baixo e fazer cair todas as suas folhas secas, todos os seus frutos podres e isso é uma luta coletiva de todos e de todos” concluiu a ativista.

fonte: erbol.com.bo
PXM Bolivia

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