Seguranças espancam e ameaçam com arma de fogo a filho de bolivianos

Filho de bolivianos denuncia agressão física e ameaça com armas de fogo, por segurança da R. Coimbra em São Paulo.

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Seguranças espancam e ameaçam com arma de fogo a filho de bolivianos

Na noite de (4) de agosto de 2018, cinco segurança da R. Coimbra, espancaram e ameaçaram com duas armas de fogo à jovem que preparava-se para ir embora para casa após um dia trabalho.

Um celular achado em via pública (foi motivo fútil que originou a violência). A vitima encontrou e pegou o celular no chão, entre da R. Costa Valente e R. Marajó, imediatamente foi abordado pelos segurança da Rua Coimbra, seguidamente a vitima foi bruscamente obrigada a devolver o aparelho, (já que segundo os segurança o aparelho pertencia a um deles), ao ser intimidado o jovem respondeu "...se o celular é de vocês… qual a senha de desbloqueio do aparelho?...” os seguranças não souberam responder, foi o momento em que começaram a espanca-lo; chegando apontar duas armas de fogo contra o rapaz.

Após ter subtraído o aparelho celular das mãos do jovem, os segurança embarcaram num carro e deram partida, imediatamente a vitima tirou fotos do carro, percebendo que foram registrados, os segurança desceram do veículo e ameaçando com armas de fogo obrigaram a vitima deletar as fotos capturadas.

A vitima teve o supercílio esquerdo estourado (3 pontos), além de escoriações pelo corpo. O jovem em nenhum momento reagiu aos golpes nem ameaças realizadas pelos cinco seguranças.

O caso aconteceu na noite de (04) de agosto, nas imediações da Rua Costa Valente, o jovem que não deseja ser identificado realizou o (Boletim de Ocorrência) no dia (05) de agosto, no Distrito Policial - Brás / Belém.

Família do jovem boliviano, entrou com processo criminal contra o presidente da associação de comerciantes ambulantes da Rua Coimbra.


Segundo a vitima, este tipo de atropelos acontece rotineiramente contra os imigrantes bolivianos, "…os costureiros bolivianos na falta de conhecimentos dos seus direitos, ou por medo, não realizam a denúncia de agressões, extorsões, e outro tipos de crimes… os imigrantes não tem família estão sós em Brasil, não tem ninguém que os apoie…, eu tenho minha família que esta do meu lado, vou levar o caso até que os culpados sejam punidos…" finalizou o jovem filho de bolivianos que trabalha e morou na Rua Coimbra por mais de 20 anos.

Falta de denúncias obstaculiza combate de crimes contra imigrantes, afirma Polícia Paulista.

Autoridades da Polícia, Militar, Civil, e Federal, afirmam que a grande maioria dos imigrantes não realizam a denúncia correspondente às autoridades. Sem dados (sem denúncias - sem informações) as autoridades não tem base para articular medidas de combate as violências sofridas pelos imigrantes.

O cônsul boliviano Jorge Ledezma Cornejo, tem expressado esta preocupação sempre que questionado, "… a comunidade deve realizar o Boletim de Ocorrência, sempre que sofrer qualquer tipo de violência, desta forma a Polícia terá informação, que existe algum tipo de violência especifica em determinada área da cidade, furtos de celulares, assaltos na via pública, ou invasão de domicílios…" o cônsul boliviano afirma a importância de realizar o BO (boletim de ocorrência) sempre que o boliviano sofrer qualquer tipo de violência.

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