Bolívia busca evitar o Dólar seguindo "conselhos" de Lula e apostando no Yuan
A Bolívia continua proibindo o uso do Bitcoin desde 2014 e agora busca evitar o Dólar no comércio internacional, seguindo os "conselhos" do ex-presidente brasileiro Lula.
O presidente boliviano, Luis Arce, expressou sua intenção de seguir os recentes conselhos de Lula, que sugeriu evitar o uso do Dólar em negociações diretas com a China durante sua visita ao país asiático. Lula afirmou que o uso do Dólar não faz mais sentido nas trocas comerciais entre os países e propôs um maior uso do Yuan chinês nas relações comerciais entre Brasil e China.
Essa ideia também ganhou atenção em outros países, como Argentina, e aparentemente despertou o interesse da Bolívia, de acordo com informações do France24. A América do Sul, que no passado defendeu a criação de uma moeda regional própria, está substituindo gradualmente o Dólar pelo Yuan nas transações comerciais internacionais, o que pode pressionar a moeda americana.
O presidente boliviano, Luis Arce, que é considerado de esquerda no campo político, solicitou que sua equipe estude maneiras de evitar o uso do Dólar nas transações comerciais, principalmente com a China. Arce mencionou que seu país tem enfrentado dificuldades de liquidez com o Dólar e acredita que o reconhecimento desse problema por parte do Brasil e da Argentina demonstra que as principais potências regionais concordam com sua visão.
Durante um evento com seus apoiadores, Arce afirmou que o uso do Yuan no comércio com a China é uma tendência na região e que não pode ignorá-la. Apesar das dificuldades com a liquidez do Dólar em seu país, ele ressaltou que a economia local está indo bem e que o problema é transitório.
No entanto, o Bitcoin não é uma opção para o governo boliviano. Em 2021, quando a China e Cuba alertaram suas populações sobre os riscos do Bitcoin em seus países, a Bolívia seguiu o mesmo caminho e também alertou contra o uso da moeda digital. Em 2022, quando a China impôs uma proibição geral ao mercado de criptomoedas, a Bolívia novamente tomou medidas similares. O Banco Central da Bolívia emitiu uma ordem proibindo empresas e indivíduos de utilizarem criptomoedas ou Bitcoin, com possíveis sanções em caso de descumprimento.
Portanto, no comércio internacional, a Bolívia continua dependente de moedas fiduciárias de outros países, como o Dólar ou o Yuan, mostrando que o Bitcoin não é uma opção para o governo local. É importante ressaltar que desde 2014 o Bitcoin é uma tecnologia proibida no país, sendo a única nação da América do Sul a emitir tal ordem.
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