Mulher

No dia 10 de outubro, o Brasil se une em solidariedade e combate à violência contra as mulheres. De acordo com o boletim "Elas vivem: dados que não se calam", divulgado pela Rede de Observatórios da Segurança em 2022, um terço das mulheres no país já foi vítima de violência física ou sexual em algum momento de suas vidas. Quando incluímos as violências psicológicas, esse alarmante número sobe para 43%.

Um dado preocupante revelado pelo estudo é que 45% das mulheres agredidas não procuraram ajuda de nenhum tipo. Entre as razões citadas, 38% acreditaram que conseguiriam resolver o problema por conta própria, enquanto 21,3% admitiram não confiar na polícia como um canal para denunciar esses abusos.

O SINASEFE enfatiza que essa epidemia de violência contra as mulheres é uma questão de ampla escala e deve ser combatida por toda a sociedade. Essa é uma violência que atenta contra a dignidade humana, a integridade física e a vida das mulheres, e precisa ser enfrentada diariamente.

Neste contexto, o projeto Bolívia Cultural lançou a campanha permanente "Yo Cuido a Mi Miga" em apoio às mulheres imigrantes no Brasil. O objetivo é incentivar todas as mulheres, independente de sua origem, a denunciarem qualquer forma de violência em território brasileiro. A data de hoje nos lembra que a luta contra a violência à mulher é uma tarefa coletiva, uma responsabilidade que deve unir a todos na busca por um mundo mais seguro e igualitário.

A campanha "YO CUIDO A MI AMIGA" foi criada há uma década pelo Projeto Bolívia Cultural no estado de São Paulo, é uma demonstração clara do compromisso do estado boliviano em apoiar esforços destinados a combater esse hediondo delito. É importante ressaltar que o tráfico de pessoas e os maus-tratos contra mulheres têm sido pautas fundamentais nas políticas de combate à violência, tanto dentro quanto fora das fronteiras da Bolívia.

A campanha "YO CUIDO A MI AMIGA", que tem sido veiculada de forma contínua na Rede Planeta América Latina & Bolívia Cultural ao longo desses anos, demonstrou resultados notáveis no combate ao tráfico de pessoas, ao aliciamento de menores, à violência familiar e ao trabalho análogo à escravidão. Isso incentivou parcerias com corporações brasileiras dedicadas à segurança pública da União Federal do Brasil, reforçando ainda mais a eficácia dessa iniciativa no combate a diversas formas de violência.

O reconhecimento da sociedade e governo brasileiro à importância de uma campanha criada por bolivianos em solo brasileiro confirma a possibilidade de estabelecer novas alianças para combater a violência contra as mulheres não apenas no Brasil e na Bolívia, mas também em todo o mundo. A cooperação internacional é fundamental para abordar esse problema complexo que afeta a vida de inúmeras mulheres em todo o planeta.

O compartilhamento constante da campanha pela cidadania brasileira e imigrante nas redes sociais, marca um passo significativo nesse esforço conjunto para combater a violência contra as mulheres e promover uma sociedade mais segura e justa para todas. Essa ação demonstra a importância de sensibilizar a sociedade e mobilizar recursos para enfrentar essa questão urgente que afeta a todos nós.

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