Cronologia da Diablada Boliviana - Devoção e Dança em Honra à Virgem do Socavón
Uma jornada pela história da Diablada boliviana: Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
CRONOLOGIA DA DIABLADA BOLIVIANA
• 1559: Os padres Agostinianos chegam da Espanha a Challacollo, Paria e Toledo, solicitados pelo encomendero de Paria, Lorenzo de Aldana. Os Agostinianos trouxeram uma forte devoção mariana da Espanha, onde a festa da Candelária já havia sido estabelecida no século XI. Aldana nasceu em 1508 em Extremadura, na cidade de Cáceres, onde a devoção à Virgem da Candelária era grande.
• 1550 - 1600: Durante este período, é pintado sobre o gesso de um muro de adobe em uma ermida nas encostas da colina conhecida como "Pie de Gallo" o afresco da Sagrada Imagem da Virgem Candelária, mais tarde chamada de Nossa Senhora do Socavón.
• Meados do século XVII: Um grupo de mineiros presta culto à Virgem dançando com trajes semelhantes ao Senhor do Inferno, depois de se salvarem de um desmoronamento em uma mina de Oruro. Os mineiros rezaram e invocaram a Virgem da Candelária para sua salvação.
• 1789: Um grupo de mineiros forma a primeira "Comparsa de Diablos" para render sua devoção à Virgem do Socavón a cada sábado de carnaval. A Virgem havia assistido nos últimos momentos de vida a Anselmo Belarmino, o Chiru Chiru.
• 1818: O pároco Ladislao Monte Alegre apresenta o relato da Diablada, um drama em que participam o Arcanjo Miguel, Lúcifer, a China Supay e os Diablos representando os 7 pecados capitais.
• 1904: Inicia-se a institucionalização das Diabladas ou "Comparsas de Diablos", sendo a primeira e pioneira a "La Gran Tradicional Autentica Diablada Oruro".
• 1943: Funda-se o "Conjunto Tradicional Diablada Oruro".
• 1944: Funda-se a "Fraternidad Artística y Cultural la Diablada".
• 1956: Funda-se a "Diablada Ferroviaria".
• 1960: Funda-se a "Diablada Artística Urus".
• 2001: A Real Academia Espanhola incorpora a palavra "diablada" ao dicionário, definindo-a como "Dança típica da região de Oruro, na Bolívia, chamada assim pela máscara e traje de diabo usados pelos dançarinos".
• 2001: A diablada é declarada pela UNESCO como "Obra Mestra do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade", juntamente com o Carnaval de Oruro e suas 18 especialidades de dança.
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