Chunho: batata desidratada

Chunho é um alimento tradicional na culinária dos povos andinos, como os Aymaras e Quechuas, que habitam regiões dos países da Bolívia, Peru e Argentina. Consiste em batata desidratada, que é produzida através de um processo milenar de conservação de alimentos.

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Chunho: batata desidratada

A origem do chunho remonta aos tempos pré-colombianos, quando os povos andinos já conheciam técnicas para conservação de alimentos. A batata, que era um alimento básico na dieta dessas populações, era desidratada e armazenada em locais secos e frescos para consumo posterior. Os Incas, por exemplo, utilizavam o chunho para alimentar suas tropas durante longas viagens.

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O processo de produção do chunho é bastante trabalhoso e exige grande habilidade. As batatas são colhidas na época da seca, quando o clima é mais seco e ensolarado. Em seguida, são expostas ao sol durante o dia e congeladas durante a noite. Esse processo é repetido por cerca de uma semana, até que as batatas fiquem completamente desidratadas e se transformem em pequenas bolas brancas.

O chunho é um alimento rico em nutrientes, como carboidratos, fibras, proteínas e vitaminas. Além disso, é de fácil digestão e possui baixo teor de gordura. Na culinária andina, o chunho é utilizado em diversos pratos, como sopas, ensopados e saladas.

O chunho no Brasil

Atualmente, o chunho é vendido em feiras gastronomicas bolivianas, e consumido principalmente pelos imigrantes bolivianos em São Paulo, que se estabeleceram na cidade nos últimos anos e criaram uma importante comunidade gastronômica. A capital paulista se tornou um polo da gastronomia mundial, com uma grande variedade de restaurantes que oferecem pratos típicos de diversas partes do mundo, incluindo a culinária andina.

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Sajta de Pollo

Prato tradicional da culinária boliviana, e o chuño (batata desidratada) é um ingrediente muito utilizado nessa culinária. O chuño é obtido através da desidratação da batata, e é utilizado em vários pratos da culinária boliviana. Aqui está a receita da Sajta de Pollo com chuño:

Ingredientes:

1 frango grande, cortado em pedaços
2 cebolas médias, picadas
2 dentes de alho, picados
2 tomates maduros, picados
1 pimentão verde, picado
1 pimentão vermelho, picado
2 colheres de sopa de óleo vegetal
1 colher de chá de cominho em pó
1 colher de chá de pimenta em pó
1 xícara de chuño (batata desidratada), deixada de molho por 24 horas em água
1/2 xícara de arroz branco cozido
1/2 xícara de batatas cozidas e cortadas em cubos
Sal e pimenta a gosto
Coentro fresco picado, para guarnição.

Modo de preparo:

Aqueça o óleo em uma panela grande em fogo médio. Adicione a cebola e o alho e refogue até que estejam macios.
Adicione os pedaços de frango à panela e frite até que estejam dourados.
Adicione os tomates, os pimentões, o cominho, a pimenta em pó, o sal e a pimenta. Misture tudo e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos.
Adicione o chuño (batata desidratada) e misture tudo. Deixe cozinhar por mais 10 minutos.
Adicione o arroz e as batatas cozidas e misture tudo.
Cubra a panela e deixe cozinhar por mais 10 minutos, ou até que o frango esteja completamente cozido.
Sirva a sajta de pollo quente, com coentro fresco picado por cima.


Características:

A Sajta de Pollo com chuño é um prato muito saboroso e nutritivo, pois combina o sabor do frango com o chuño, que é uma fonte rica em carboidratos e fibras.

É um prato muito tradicional da culinária boliviana, que representa muito bem a riqueza e diversidade dos sabores da região.
O chuño é um ingrediente muito utilizado na culinária boliviana, e adiciona uma textura única ao prato.

É um prato que pode ser facilmente adaptado de acordo com as preferências pessoais, adicionando ou removendo ingredientes conforme necessário.

 

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Chairo paceño (sopa)

Prato muito popular na culinária boliviana, especialmente na região de La Paz, onde é consumido como prato principal em dias frios. O chuño (batata desidratada) é um ingrediente essencial nesta receita, que confere um sabor único e uma textura espessa à sopa. Aqui está a receita da Sopa Chairo paceño com chuño:

Ingredientes:

1 xícara de chuño (batata desidratada), deixada de molho por 24 horas em água
1/2 xícara de carne bovina picada
1/2 xícara de bacon picado
1 cebola média picada
2 dentes de alho picados
2 tomates médios picados
1 pimentão vermelho picado
1 xícara de batatas picadas
1/2 xícara de cenoura picada
1/2 xícara de abóbora picada
1 xícara de milho cozido
1 colher de chá de cominho em pó
1 colher de chá de pimenta em pó
2 colheres de sopa de óleo vegetal
Sal a gosto
Coentro fresco picado, para guarnição

Modo de preparo:

Aqueça o óleo em uma panela grande em fogo médio. Adicione a cebola e o alho e refogue até que estejam macios.
Adicione a carne e o bacon à panela e frite até que estejam dourados.
Adicione os tomates, os pimentões, o cominho, a pimenta em pó, o sal e a pimenta. Misture tudo e deixe cozinhar por cerca de 10 minutos.
Adicione as batatas, a cenoura, a abóbora e o milho cozido à panela. Cubra com água e deixe cozinhar até que os legumes estejam macios.
Adicione o chuño (batata desidratada) e misture tudo. Deixe cozinhar por mais 10 minutos.
Sirva a sopa quente, com coentro fresco picado por cima.
Características:

A Sopa Chairo paceño com chuño é um prato muito nutritivo e reconfortante, ideal para dias frios.
O chuño é um ingrediente essencial nesta receita, que confere um sabor único e uma textura espessa à sopa.
É um prato muito representativo da culinária boliviana, especialmente da região de La Paz.
É uma sopa muito versátil, que pode ser facilmente adaptada adicionando ou removendo ingredientes, como carne de cordeiro, batatas doces, entre outros.
O coentro fresco picado é uma guarnição típica para este prato, que adiciona um sabor fresco e picante à sopa.

Alimento milenar andino

O chunho é um exemplo da riqueza e diversidade da culinária andina, que possui uma história e tradições milenares. A preservação e valorização desses alimentos tradicionais é importante não apenas para manter a cultura e identidade desses povos, mas também para promover a sustentabilidade e a valorização da biodiversidade local.

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