Bolívia lamenta Ernesto Cavour, o mestre do charango

Ernesto Cavour foi o fundador da Sociedade Boliviana de Charango e um ícone do folclore nacional Boliviano

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A Bolívia chora hoje um de seus filhos mais ilustres. Ernesto Cavour Aramayo foi músico, pesquisador e compositor especializado em interpretação de charango, nasceu na cidade de La Paz em 9 de abril de 1940 e faleceu em 7 de agosto, aos 82 anos.

A notícia da sua morte espalhou-se na madrugada deste domingo e as redes sociais encheram-se de manifestações de pesar, entre elas as de Alfredo Coca, também charanguista, que disse: "Lamentamos anunciar a partida para o infinito do Grão-Mestre Decano da Charango, Ernesto Cavour Aramayo, hoje, 7 de agosto ao amanhecer aos 82 anos, um digno representante do charango na Bolívia e no mundo. Obrigado Mestre por todo o seu legado. Você nos deixa imersos em imensa tristeza, descanse em paz querido professor e amigo".

Bolívia lamenta Ernesto Cavour, o mestre do charango

A carreira musical de Cavour como solista começou em 1957. Em 1962, criou o Primeiro Museu do Charango, que em 1984 ampliou a variedade de instrumentos e foi refundado como Museu de Instrumentos Musicais da Bolívia.

Recebeu muitas distinções e condecorações, entre elas o Condor de los Andes, como músico dá uma série de concertos e gravou mais de 37 álbuns em diferentes países, tem mais de 100 composições para charango, desde 1964 realiza concertos em todo o mundo, sendo o músico boliviano que mais contribuiu para o estudo do charango.

Além de músico e pesquisador de instrumentos musicais, dedicou-se a criá-los. Foi diretor do Museu de Instrumentos Musicais da Bolívia, onde estão expostos mais de 2.500 instrumentos musicais coletados em mais de 50 anos.

Cavour nunca pensou em desistir da música, e no Peña Naira, o pequeno palco dentro de seu museu, ele se apresentava todos os sábados com seu conjunto. "Era cheio de gringos todo fim de semana", disse um parente de Cavour.

Foi empirista desde o início, nunca estudou música, deixou-se guiar pelo ouvido, pelo instinto e pela paixão que o charango lhe deu.

fonte: eldeber.com.bo

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