BoA entre as piores da América do Sul: A estatal boliviana cultiva uma vergonhosa qualidade de serviços dentro e fora da Bolívia
Boliviana de Aviación (BoA), companhia aérea estatal da Bolívia e detentora de um monopólio no mercado do transporte aéreo boliviano, enfrenta desafios significativos que não apenas afetam a qualidade dos serviços prestados, mas também prejudicam a imagem da Bolívia como um destino turístico e cultural.
A jornalista Maria Galindo, após realizar investigações nas instalações da BoA na cidade de La Paz, tomou a decisão de intervir diretamente na sede da estatal, localizada em Cochabamba, Bolívia. Durante uma entrevista com Ronald Salvador Casso Casso, o gerente geral da BoA, realizada nas instalações centrais da empresa em Cochabamba, Galindo levantou uma série de questões críticas que refletem a deteriorada qualidade do atendimento ao público nacional e internacional. Vamos explorar algumas dessas questões:
Turismo:
Um dos problemas mais evidentes é a falta de campanhas de incentivo ao turismo internacional promovidas pela BoA. Isso está prejudicando a imagem da Bolívia, especialmente no contexto de envolvimento suspeito no transporte de drogas para a Europa, o que mancha a reputação do país no continente europeu. Além disso, os frequentes atrasos de voos têm causado sérios transtornos aos turistas, levando muitos deles a preferir destinos concorrentes, como Peru, Argentina e Chile, que oferecem serviços mais confiáveis.
Outro ponto preocupante é a falta de apoio ao folclore boliviano em eventos culturais em locais estratégicos, como São Paulo, a principal cidade da América do Sul. A BoA deixou de patrocinar e promover o folclore boliviano nesses eventos, o que afeta diretamente a exposição da marca Bolívia a um público expressivo de turistas interessados em países como Peru, México, Chile e Argentina. Como resultado desse descaso, temos observado uma queda no número de turistas brasileiros que viajam para a Bolívia.
Vôos domésticos:
A BoA enfrenta dificuldades relacionadas à falta de aeronaves capazes de operar em todos os aeroportos da Bolívia. Isso resultou na suspensão de destinos, deixando o público boliviano com opções limitadas, uma vez que a BoA detém um monopólio nesse mercado. Os atrasos frequentes de voos são a principal reclamação dos passageiros, e o gerente geral da BoA atribui esse problema à má organização interna da empresa.
Repatriação de corpos ou cidadãos em estado de vulnerabilidade no exterior:
"toda pessoa que necessitar de apoio de transporte por motivos de saúde, repatriações, reunificação familiar, transporte de realocação de menores que se encontram fora da Bolívia, questões educacionais (qualquer professor que pretenda ministrar um curso gratuito ou palestra na Bolívia) terá direito a transporte gratuito".
Para se beneficiar desse serviço, existem requisitos específicos a serem atendidos. É necessário apresentar uma solicitação formal da instituição ou pessoa que deseja realizar a viagem, juntamente com uma documentação mínima. A boa notícia é que essa documentação pode ser enviada de forma digital, não havendo a necessidade de apresentar documentos originais. Isso torna o processo mais acessível e eficiente para aqueles que necessitam de assistência.
BoA entre as piores da América do Sul:
É importante destacar que, em 2022, a BoA foi classificada como uma das piores companhias aéreas da América do Sul de acordo com a avaliação da Skytrax, uma organização internacional sediada em Londres, Reino Unido, que realiza esse tipo de classificação há 30 anos. Essa classificação alarmante levanta a necessidade de uma auditoria séria na BoA para avaliar e corrigir os problemas que afetam gravemente sua qualidade de serviço e reputação.
BoA enfrenta uma série de desafios que vão desde problemas operacionais internos até a falta de apoio ao turismo e à cultura boliviana. Essas questões afetam não apenas a empresa, mas também a imagem da Bolívia no cenário internacional. A jornalista Maria Galindo trouxe à luz essas preocupações em sua entrevista com o gerente geral da BoA, ressaltando a necessidade de medidas corretivas urgentes para melhorar a qualidade dos serviços e promover uma imagem mais positiva da Bolívia no mundo.
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