Instituições

Durante a reunião, o delegado informou sobre a implementação de um novo sistema que permite um controle mais eficiente dos veículos que atravessam a região do Posto Esdras. De acordo com dados mais precisos, atualmente cerca de três mil veículos de passeio e 600 caminhões de transporte de mercadorias cruzam a fronteira diariamente, números superiores às estimativas anteriores, que apontavam dois mil carros por dia.

Esse intenso fluxo de veículos levou Erivelto a ressaltar a necessidade de melhorar o tráfego na fronteira entre os dois países, o que, segundo ele, requer a construção de uma nova ponte mais ampla. Ele enfatizou que essa necessidade vai além do comércio exterior, pois há milhares de viajantes que atravessam a fronteira diariamente. Atualmente, a ponte possui apenas duas vias, enquanto o Posto Esdras possui seis vias, das quais não se está aproveitando a capacidade total. A presença de uma carreta bitrem, por exemplo, congestiona o trânsito devido ao ângulo desfavorável da ponte, fazendo com que o motorista precise realizar uma curva mais acentuada para entrar ou sair do país. Isso acaba prejudicando o tráfego de veículos de passeio e de carga.

Erivelto Torrico Alencar ressaltou que a ponte é binacional, exigindo, portanto, uma ampliação que envolva os governos federais do Brasil e da Bolívia. O presidente da Câmara Municipal, Ubiratan Canhete de Campos, lembrou que o vereador Nelsinho Dib, arquiteto de profissão, já elaborou um projeto de ampliação da ponte e apresentou um requerimento na Câmara. Além disso, a Câmara Municipal planeja realizar uma audiência pública para discutir o assunto com autoridades municipais, estaduais e federais dos dois países.

Essas informações foram fornecidas pela assessoria de comunicação da Câmara de Vereadores de Corumbá.

A Rota Terrestre Corumbá-Bolívia: Comércio, Migração e o Desafio da Mão de Obra

A rota terrestre entre Corumbá, no Brasil, e a Bolívia desempenha um papel crucial não apenas no aspecto comercial, mas também na história da migração boliviana para o Brasil desde a década de 1970. É importante ressaltar que a mão de obra boliviana tem desempenhado um papel fundamental no mercado têxtil do país. Ao longo da última década, o Brasil registrou um significativo êxodo de aproximadamente seis milhões de brasileiros que migraram para países da Europa e Estados Unidos. Em contrapartida, o Brasil atualmente abriga cerca de oitocentos mil imigrantes bolivianos.

Ao compararmos esses números, fica evidente que o Brasil enfrenta um déficit de mão de obra de mais de cinco milhões de trabalhadores brasileiros que migraram para fora do país. Essa dinâmica migratória tem um impacto significativo na economia e nas relações sociais entre o Brasil e a Bolívia, destacando a importância da mão de obra boliviana para suprir essas lacunas.

É necessário compreender e reconhecer a importância histórica e contemporânea dessa migração, bem como criar políticas que promovam uma migração segura, regular e ordenada, garantindo a proteção dos direitos dos imigrantes e contribuindo para o desenvolvimento de ambas as nações.

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